domingo, 26 de setembro de 2010

Meu anjo


É esta a meta..
Sei que sofro mas é para que um dia consiga ser feliz...
Sei que te magoei mas acredita que nunca mais o farei...

É o amor que sinto...
Mas que tenho de calar...
É a minha vida que está neste barco a naufragar...

Calei-me quando me ignoras-te...
Sorri quando me amaste...

E agora... que irei eu fazer
Se ao meu lado continuo sem te ter..

Amei-te..
Senti-te..
Voltei a amar-te outra vez...
E agora perdi-te...

Esta foi a rotina que criamos...
Esta é a vida onde estamos...

Para sempre estarei a teu lado..
Ainda que invisível..
Pois tu como um anjo
Me vais guardando..

Preciso de ti..


Tanto que eu caminho nesta estrada sem fim..
Tanto que eu choro com medo de um dia o fim encontrar..
Tanto que a vida tem para me mostrar..

É nisto que eu me resumo..
Um alguém que um dia sonhou ser o que nunca será..

Um ser cheio de duvidas,
Assombrado pelo medo e pela saudade...

Aquele teu toque,
Aquele teu olhar..
Aquela maneira que tens de me beijar...

É fogo,
É gelo..
É tudo o que eu tenho de mais belo..
É paixão,
É amor..
É o que me faz fugir a dor..

És tu,
Sou eu..
E somos nós dois juntos como eternos amantes...

As estrelas,
O céu...

A lua
E a imensidão do céu...

As tuas palavras são como o vento
Ficam gravadas na pedra do coração
E no meu pensamento...

É em ti que penso...
Quando nos cobertores me deito..
É por ti que me levanto..
E sigo aquele caminho tão estreito..

O amor é assim..
Incomparável à razão...
Mas temos de ter cuidado..
E prestar-lhe sempre a devida atenção..

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Breve história de coicidencias...

-Estou aqui sentada nesta pedra onde muitos já passaram. A pedra do desespero por não conseguir alcançar objectivos e cada vez os verem mais longe de se concretizar.
Como fui aqui parar é uma longa história. Porque escolhi este lugar?? Só o acaso poderá ter resposta.
Mas vou apresentar os factos. A historia desde o inicio o porquê de tudo ter acontecido a esta velocidade estonteante onde a minha vida tem andado.
Aconteceu no inicio do verão, os meus pais tinham decidido que estas seriam as minhas primeiras férias sozinha, no local que eu escolhesse. a excitação era muita e com o aproximar do dia da suposta partida já nem conseguia dormitar.
*
Chegado o dia da partida, meus pais disseram que afinal eles é que iriam passar férias a outro local pois assim ficaria perto dos meus amigos caso quisesse sair a noite.
Como calculam, fiquei muito feliz... poderia ficar acordada até mais tarde, mas melhor que isso, poderia sair e convidar quem quisesse a vir até casa.
Decidi então nessa noite por sair e combinar um café com os amigos para contar a novidade e poder aliviar um pouco o stress que se tinha instalado em casa com a excitação.
Foi Carla a primeira pessoa a chegar. Estava a trabalhar e por isso não poderia ficar até muito tarde, então coloquei a conversa em dia e pedi para ela me explicar mais sobre o que estava a fazer nesse tal trabalho de verão, pois já estava a imaginar a seca que iria passar com as tardes em casa sem ter algo para fazer.
Carla começou então por dizer-me que não é um trabalho fácil, mas que dava para desenrascar e onde se criavam muitas amizades. Admito que só pelo motivo de poder conhecer nova gente e travar conhecimentos foi algo que me despertou muita atenção e me fez aceitar o trabalho sem que ela explicasse bem o que era. Mas mesmo assim ficou combinado para que no dia seguinte se apresentasse ao patrão para que ele pudesse ver se eu podia ou não começar a trabalhar lá.
Entretanto apareceu o resto das pessoas que estavam combinadas para o café e ainda deu para dar uma escapadinha pequena para namorar um pouco.
*
De manhã bem cedo apresentei-me vestida a rigor para o novo trabalho. O patrão chegou com um avental na mão e disse para o colocar pois com o aparato de pessoas que estavam a chegar, precisavam que começa-se imediatamente.
Colocou-me então a lavar pratos e copos. É o restaurante mais frequentado da vila, apesar de ficar longe da casa, Carla levava-a todos os dias e trazia-a.
O primeiro dia passou-se muito rapidamente, facto que cheguei a comentar com Carla. A essa minha observação ela apenas sorrio e continuou a conduzir o seu velho opel pela estrada fora.
*
É aqui que tudo complica. O segundo dia.
Estava excitadissima pois o primeiro dia tinha sido muito bom, mas não sonhava e muito menos imaginava este dia que estava a começar.
Cheguei de manha bem cedo com Carla e senta-mo-nos nos bancos de pedra que estavam do lado direito do restaurante. Eram bancos de pedra branca, já manchados pelo tempo. Estavam bastante frios, o que não me espantou pois o orvalho da noite tinha os arrefecido e ainda não tinha aparecido os primeiros raios de sol que posteriormente o iria aquecer.
Foi nesse compasso de tempo que alguém se aproxima e se senta mesmo a meu lado. Pelo odor do perfume que se podia sentir, pude identificar como sendo do sexo masculino. Então virei-me de modo a ter um ângulo de visão capaz de o poder olhar.
Foram os olhos mais lindos que alguma vez vira. Os cabelos encaracolados e de um castanho claro inimagináveis, mas foi o seu sorriso que me despertou maior atenção. Sem dizer qualquer palavra levantou-se e dirigiu-se para a entrada do restaurante.
Por momentos pensei que fosse um cliente, mas quando o patrão lhe entregou o avental e o tratou de um modo familiar, apercebi-me de que já trabalhava lá.
Mandaram-no ir para a cozinha que ficava mesmo frente a frente a porta onde eu estaria a lavar a loiça e durante o dia todo pude observar a sua forma meiga de falar com todos os trabalhadores e acima de tudo a forma misteriosa com que me olhava e me sorria.
Sentia-me estranhamente feliz e ao mesmo tempo curiosa sobre quem seria aquele rapaz misterioso e com ar de envergonhado.
*
E passaram-se dois longos dias de olhares misteriosos e de sorrisos marotos entre nós, até que ao segundo dia decidi por conversa.
Tenho de admitir que não foi fácil, pois como não o conhecia tinha medo do que poderia pensar.
Só que quem não arrisca, nada consegue na vida e eu tentei a minha sorte.
Nesse dia, depois de ter saído do restaurante, quando ia em direcção ao carro da Carla que já espera por mim, ele aproximou-se, apresentou-se como sendo Telmo e pediu-me o meu contacto.
Foi muito simpático em ter-se apresentado de uma forma formal, e nesse dia fartou-se de me elogiar nas mensagens que trocava comigo.
*
Os dias foram passando e a nossa amizade crescendo. Mas foi sobretudo no ante penúltimo dia que me apercebi de que Carla tinha criado ciumes de mim e por conseguinte tinha andado a dizer ao patrão que era uma má trabalhadora.
Mas isso já não me afectava, o que sentia por Telmo tinha crescido nestes últimos dias e tinha-se tornado intimo, algo significativo e indiscritivel. Só quem sentia poderia sentir a minha posição.
Nesse dia, ele aproximou-se de mais e beijou-me. Admito que gostei, mas sabia que estava a errar ao dar-lhe resposta.
Lavada em lágrimas, cheguei a casa e tomei a grande decisão de acabar tudo o que tinha com Bruno, a pessoa que tinha amado mais até ali, mas que desde que tinha começado a trabalhar, também me desiludira mais.
Deixei-me levar. Não me arrependo.
Mas hoje, passados meses depois desta aventura, estou entre a espada e a parede. Esta rocha onde estou sentada foi até onde consegui vir, conduzindo o BMW novo que meu pai me comprou para me felicitar por ter terminado a universidade.
Penso que Bruno não tem culpa que outra pessoa esteja a tomar o seu lugar, mas Telmo também não tem culpa que tenha começado a gostar dele depois da convivência e dos momentos mútuos que vivemos.
Ou seja tenho uma escolha e apesar de não querer magoar nenhum tenho medo que os dois saem magoados disto tudo. Se Carla ficasse com Telmo, facilitava-me a vida, mas também me poria a sofrer e eu sei que ele não gosta dela mas sim de mim.
Mas Bruno, a pessoas que mais gostei, irá de certeza custar a despedida, mas se tiver de ser, será.
E não passou muito tempo ate concretizar essa decisão de terminar com Bruno e ver o que se seguiria.
*
Telmo impressiona-me a cada dia que passa, a pesar da distancia que nos separa, tem-me dado todo o apoio que necessito. Adoro Telmo e queria lhe dar uma oportunidade de me fazer feliz. Mas o medo é grande e só a pedra do conhecimento, assim baptizada por mim me irá ajudar a tomar a decisão certa.
Enquanto não a tomo, é lavada em lágrimas que penso e sinto brisa a passar por entre os meus cabelos que com ela vão esvoaçando.



Sem querer...


Foi no teu olhar, onde me perdi...
No teu sorriso onde me vi...
Sinto a tua felicidade...
Sinto a tua saudade...
De um lado para o outro...
Como se fugisse de ti...
Era assim o dia a dia...
Até que me rendi...

Na lucidez da vida,
Reparei que te tinha a minha frente...
E das lágrimas derramadas,
Em diamantes de felicidade se transformaram...

És o sangue que corre apressadamente,
Aquele que bombeia com virtude...
És tudo na vida e no momento,
Fazes sempre parte do meu pensamento...

Em todo o lado te vejo,
Como se de uma ilusão se tratasse...
Em todos o momento te sinto,
Como se ao meu lado estivesses...
És tudo o que sonhei...
És a pessoa que sem querer Amei...